Notícias

Exportação: melhor agosto desde 1989

728Visualiazação

Vendas brasileiras aos Exterior foram favorecidas no trimestre pelos preços das commodities, diz IBGE; importações caíram

Brasília – A queda nas importações em ritmo maior que a redução das exportações fez a balança comercial registrar superávit recorde em agosto. No mês passado, o país exportou US$ 6,609 bilhões a mais do que importou, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989.

Tanto as exportações como as importações caíram no mês passado. Em agosto, o país vendeu US$ 17,741 bilhões para o exterior, com recuo de 5,5% pelo critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado.

As importações, no entanto, caíram mais, somando US$ 11,133 bilhões, redução de 25,1% também pela média diária. Com o resultado de agosto, a balança comercial acumula superávit de US$ 36,594 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Esse é o terceiro melhor resultado da série histórica para o período, perdendo para janeiro a agosto de 2017 (superávit de US$ 48,1 bilhões) e de 2018 (superávit de US$ 36,7 bilhões).

IBGE

A alta no dólar e cotação de commodities ajudaram o setor externo a contribuir positivamente para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2020, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“No segundo trimestre de 2020 contra o segundo trimestre de 2019, a gente teve um desvalorização cambial de 37,5%, o que é bastante significativo”, ressaltou Rebeca Palis. “E teve ainda o preço das commodities e o bom desempenho da agropecuária”, completou.

A agropecuária cresceu 1,2% no período, alavancada pelos bons desempenhos nas safras de soja, arroz e café.

As exportações aumentaram 0,5% no segundo trimestre de 2020 ante o segundo trimestre de 2019, impulsionadas especialmente pela agropecuária, petróleo e derivados, e produtos alimentícios. Por outro lado, houve redução na exportação de serviços.

Já as importações diminuíram 14,9% no segundo trimestre deste ano ante o segundo trimestre do ano passado, com perdas em serviços, veículos automotores, máquinas e materiais elétricos, produtos de metal e derivados de petróleo. Rebeca lembrou que, além da valorização do dólar ante o real, a atividade econômica doméstica em retração também explica a redução nas importações.

por Estadão Conteúdo
02/09/2020 – 05h00
Foto: Ivan Bueno/APPA