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Comissão que irá elaborar estudos para revitalização do Centro de Bauru é formada por secretarias municipais, entidades ligadas ao comércio na cidade, além da PM e Emdurb

A Prefeitura de Bauru retomou as discussões e projetos para revitalizar o Centro da cidade. Na última quarta-feira (29), a Comissão de Estudos para Revitalização da Área Central (Cerac) – que voltou à ativa recentemente – fez a segunda reunião para elencar as ações de melhoria que podem ser executadas a curto, médio e longo prazos. A ideia é definir um cronograma de trabalho até 31 de dezembro deste ano para, posteriormente, colocá-lo em prática.

A comissão é formada pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda, Obras, Meio Ambiente, Negócios Jurídicos, Bem-Estar Social e Cultura, além da Emdurb, Polícia Militar, Acib, CDL e Sincomércio.

No encontro desta quarta, estabeleceu-se como prioridade resolver questões jurídicas que “travam” alguns trâmites, como dar uma destinação correta para a Estação Ferroviária, local que virou ponto de usuários de drogas e alvo de vandalismo.

“Vamos fazer um verdadeiro raio-X do Centro, envolvendo os imóveis, limpezas e manutenção. Vamos montar um plano de trabalho nesse sentido”, detalha a secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon), Aline Fogolin.

A comissão se dividiu em dois grupos: um composto por membros do primeiro escalão do Poder Executivo junto à PM e outro por entidades ligadas ao comércio. Ficou estabelecido realizar reuniões toda última quarta-feira de cada mês.

ESTADO DE ABANDONO

Embora haja várias propostas, entre elas, desenvolver atividades culturais no Centro e ações de conscientização à população, Fogolin destaca que a questão mais urgente é, de fato, resolver o impasse dos espaços públicos em estado de abandono.

“Nos próximos sessenta dias, iremos desenvolver algumas ações com empresários da região central, que têm desde imóveis tombados, fechados ou abandonados, para passar orientações de como nós podemos melhorar o fluxo imobiliário dessa área”, pontua.

LEGISLAÇÃO

Aline pondera que há muitos desafios relacionados à legislação envolvendo, por exemplo, os imóveis tombados. “Não é porque ele é tombado que nada pode ser feito. O proprietário tem toda a liberdade para vender ou reformar, desde que seja mantida a fachada do prédio”.

A secretária afirma que a prefeitura trabalha para tentar resolver o problema da Estação Ferroviária, abandonada desde 1994 e adquirida pela prefeitura em 2009. O imóvel, atualmente, serve de abrigo para moradores de ruas e ponto de uso de entorpecente.

“O setor jurídico da prefeitura deu prazo até o final de setembro para um posicionamento legal do que poderá ou não ser instalado na Estação Ferroviária. Temos vários projetos e ideias, mas, entretanto, é preciso esperar o parecer jurídico”, pondera.

EM PRÁTICA

Ela destaca que ações pequenas já podem ser colocadas em prática a curto prazo. “O empresário também terá de fazer a parte dele, com atividades que atraiam o público para aquela região. Se perguntar: ‘Será que eu presto um bom serviço? Eu tenho uma boa vitrine?’ Na reunião de hoje (quinta-30), já traçamos planos sobre isso”, cita.

Promover atividades culturais no Centro e melhorias de mobilidade urbana, como conserto de calçadas, também estão entre as propostas que podem ser desenvolvidas antes de dezembro, exemplifica Aline Fogolin.

O próximo encontro do grupo já está agendado para o próximo mês.