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Câncer bucal: os sinais iniciais!

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Ferida de carcinoma na margem lateral da língua: indolor, a pessoa descobriu só depois de muito tempo pelo sangramento!

No câncer bucal, as pessoas revelam aspectos curiosos sobre como começou. Muitas perceberam algo diferente e pensaram que era uma afta e foi o que aconteceu com uma parente da mais famosa pintora brasileira, Tarsila do Amaral. As aftas têm duas características marcantes que as diferenciam! São dolorosas ou ardem e o câncer bucal não, pois é silencioso e ardiloso! E, em duas semanas, aftas reparam e desaparecem, enquanto a ferida do câncer persiste! Ferida maior que 1cm pode ser uma afta de Sutton, que assusta pelo tamanho e tempo maior de duração, mas são muito dolorosas. O câncer bucal não dói!

Se houver dúvida que seja afta, não adie, marque uma consulta. O diagnóstico clínico é seguro, mas se o profissional também ficar em dúvida, se faz uma biopsia imediatamente para obter um pequeno fragmento da ferida e enviar ao patologista que, ao microscópio, fará o diagnóstico definitivo em 7 dias! Para ficar bem claro: afta não dá origem a câncer, não vira câncer! Afta é uma ulceração superficial, de contorno regular esférico, que incomoda muito, pois dói ou arde! A sua causa está relacionada com micro-traumatismos na mucosa de pessoas sensibilizadas e cujo sistema imunológico atacam-na nestes locais, formando uma ulceração autoimune e inflamatória.

INICIANDO

O câncer bucal se inicia como mancha ou placa branca na mucosa e conhecida como “leucoplasia”. Às vezes se inicia como mancha vermelha ou “eritroplasia”. Estas manchas são indolores e podem ficar escondidas na margem lateral e base da língua ou no soalho bucal, onde se malignizam com muito mais frequência.

Na leucoplasia ou eritroplasia, depois de meses e anos, podem aparecer pequenas feridas ou úlceras que sangram ao comer ou higienizar a boca!

Como não dói, é comum a pessoa procurar o profissional quando a úlcera já tem 2cm ou mais, e ao ver o sangramento o relaciona com espinho de peixe, palito ou mordida como causa, mas é coincidência, pois o câncer surgiu muitas semanas antes!

QUE FAZER?

Se autoexaminar mensalmente na boca e visitar o cirurgião-dentista todos os anos para examinar se a mucosa está normal, são atitudes muito importantes na prevenção. O tratamento da leucoplasia ou eritroplasia é cirúrgico, mas após o diagnóstico microscópico, pode ser feito com laser, eletrocautério e crioterapia. O prognóstico é muito bom. Se no diagnóstico da leucoplasia, eritroplasia ou ferida já houver um carcinoma espinocelular, que é o tipo mais comum de câncer bucal, o oncologista será acionado e o paciente operado. O prognóstico também é muito bom.

Mas, têm casos que a pessoa esconde o problema e apenas, tardiamente, procura ajuda. Aí o prognóstico não é dos melhores e pode prejudicar a qualidade de vida! Por isto, coloque a boca no mundo e o profissional vai te orientar! Se não for nada de mais, comemoremos!