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2,5 mi de nomes serão limpos se todos os bancos aderirem

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez a projeção no primeiro dia do Desenrola

O número de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que pode ficar com o nome limpo pode chegar a 2,5 milhões se todos os bancos aderirem ao programa Desenrola Brasil, estimou o ministro Fernando Haddad (Fazenda), nesta segunda-feira (17).

“Tem um banco só que estava em dúvida se aderia ou não, porque viu pouca vantagem no crédito presumido, e tem 1 milhão de CPFs negativados”, disse o ministro em referência ao Nubank. “Se aderirem todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs”.

O programa, que era uma promessa de campanha do governo Lula (PT) para diminuir o número de endividados no país, entrou em operação nesta segunda com a adesão dos cinco maiores bancos – Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander.

Inicialmente, a Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas tivessem o “nome limpo” a partir desta segunda para que pudessem, por exemplo, negociar outros empréstimos e assinar contratos de aluguel.

Os bancos terão até 28 de julho para retirar o débito da lista de inadimplentes. Continuará com o nome sujo quem tiver dívidas de outras origens que não seja bancária, como débitos de água e luz, por exemplo.

A saída da lista não representa o perdão da dívida. A pessoa terá de procurar o banco para solicitar sua adesão ao programa e renegociar a dívida pela faixa 2 do Desenrola Brasil.

Para isso, ela precisa receber entre R$ 2.640 (dois salários mínimos) e R$ 20 mil por mês, de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Se o cliente não pagar no prazo que for negociado com o banco, o nome voltará à lista de inadimplentes.

As instituições financeiras que negociarem dívidas bancárias no Desenrola têm direito a um crédito presumido que, na prática, melhora a posição de capital do banco e abre espaço para impulsionar novos financiamentos. O governo estima que cerca de R$ 50 bilhões poderão ser negociados nesse contexto, beneficiando em torno de 30 milhões de pessoas.

Fonte: Jornal da Cidade